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Ataques de Israel ao Irã mataram ao menos seis cientistas nucleares, confirma Teerã 5h4a3v

Ofensiva, que segundo Tel Aviv, mirava instalações de enriquecimento nuclear, ocorreu poucos dias antes de rodada de negociações entre Teerã e Washington 656n5s

Por Caio Saad Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Amanda Péchy Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 13 jun 2025, 09h04 - Publicado em 13 jun 2025, 09h04

Ataques de Israel contra território do Irã na noite de quinta-feira, 12, mataram ao menos seis cientistas ligados ao programa nuclear iraniano, informou a imprensa estatal iraniana nesta sexta-feira. O ataque israelense à República Islâmica, que, segundo Tel Aviv, mirava instalações de enriquecimento nuclear, ocorreu poucos dias antes de autoridades americanas e iranianas participarem da sexta rodada de negociações sobre um acordo nuclear. Foi a maior investida contra a nação árabe desde a guerra Irã-Iraque na década de 1980.

“Abdolhamid Minouchehr, Ahmadreza Zolfaghari, Amirhossein Feqhi, Motalleblizadeh, Mohammad Mehdi Tehranchi e Fereydoun Abbasi foram os cientistas nucleares martirizados no ataque de Israel”, anunciou a agência de notícias Tasnim. Mohammad Mehdi Tehranchi foi presidente da Universidade Islâmica Azad do Irã e Fereydoon Abbasi foi diretor da Organização de Energia Atômica do país.

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Fereydoon Abbasi, ex-diretor da Organização de Energia Atômica do Irã. 14/5/2021 (Morteza Nikoubazl/NurPhoto/Getty Images)

Os ataques desta sexta-feira atingiram múltiplos alvos no Irã, incluindo edifícios residenciais em Teerã, além de uma instalação crucial de enriquecimento nuclear no centro do país, segundo a agência de notícias AFP. O chefe da Guarda Revolucionária, Hossein Salami, e o comandante do Estado-Maior das Forças Armadas, Mohammad Bagheri, morreram na operação israelense.

Resposta iraniana 5ix

O porta-voz das Forças de Defesa de Israel (FDI, na sigla em inglês) afirmou nesta sexta: “O Irã lançou aproximadamente 100 drones em direção ao território israelense, que estamos trabalhando para interceptar.” As FDI também confirmaram que o Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas Iranianas, o Comandante do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC) e o Comandante do Comando de Emergência do Irã foram assassinados.

Sirenes de alerta soaram no norte da Jordânia. O governo informou que o país interceptou vários drones iranianos em seu espaço aéreo.

Onda de ataques i2v

O ataque israelense à República Islâmica, que, segundo Tel Aviv, mirava instalações de enriquecimento nuclear, ocorreu poucos dias antes de autoridades americanas e iranianas participarem da sexta rodada de negociações sobre um acordo nuclear. Foi a maior investida contra a nação árabe desde a guerra Irã-Iraque na década de 1980.

A agência de notícias estatal iraniana Tasnim informou que houve uma nova onda de ataques israelenses nesta sexta-feira contra um aeroporto militar na cidade de Tabriz, no noroeste do país. Ao mesmo tempo, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez seus primeiros comentários sobre o episódio em uma publicação nas redes sociais, instando o Irã a chegar a um acordo com seu país “antes que seja tarde demais”.

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“Dei ao Irã a oportunidade de chegar a um acordo. Disse a eles, nos termos mais fortes: ‘Apenas façam isso’. Mas não importa o quanto tentassem e o quão perto chegassem, simplesmente não conseguiram”, escreveu Trump.

Ele acrescentou: “Agora todos estão mortos e a situação só vai piorar, mas ainda há tempo para impedir esse massacre — antes dos próximos ataques, que devem ser ainda mais brutais. O Irã precisa chegar a um acordo. Apenas façam isso, antes que seja tarde demais. Deus abençoe a todos!”

Já foram realizadas cinco rodadas de discussões entre o ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araqchi, e o enviado do presidente Donald Trump para o Oriente Médio, Steve Witkoff, sobre o acordo nuclear. Não houve, contudo, qualquer avanço concreto. O Irã se recusa atender à demanda americana de que abandone o enriquecimento de urânio, possível matéria-prima para bombas nucleares, e  envie para o exterior todo o seu estoque existente.

Teerã também exige a remoção de todas as sanções dos EUA. Washington, por sua vez, propõe que as penalidades relacionadas à energia nuclear devem ser removidas em fases. Diversas instituições imprescindíveis para a economia iraniana, como seu banco central e a empresa nacional de petróleo, estão na mira americana desde 2018 por supostamente “apoiar o terrorismo ou a proliferação de armas”.

Desde que Trump retirou os EUA do acordo nuclear de 2015, assinado durante o governo de Barack Obama e que limitava o enriquecimento de urânio em troca do alívio das sanções econômicas, o governo iraniano ou a acumular material em níveis próximos aos necessários para a produção de armas nucleares. O Irã alega que seu programa tem fins exclusivamente energéticos, mas países ocidentais desconfiam que esteja tentando desenvolver uma bomba atômica.

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As notícias sobre os ataques fizeram os preços do petróleo dispararem 13% antes de reduzirem os ganhos, com o petróleo Brent, referência global, ultraando US$ 78 o barril em determinado momento.

Em declaração nesta sexta, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, descreveu a operação como “muito bem-sucedida”, dizendo que o “alto comando, cientistas seniores que promovem o desenvolvimento de armas nucleares e instalações nucleares” foram atingidas. Ele também deixou claro que seu continuará a atacar o Irã “até que a ameaça seja removida” e alertou que a população israelense pode ter que ar “períodos muito mais longos em bunkers do que estávamos acostumados até agora”.

Todos os olhares estão agora voltados para os próximos os do Irã e dos Estados Unidos, particularmente para o envolvimento de Washington neste conflito. O Departamento de Estado americano declarou que não esteve envolvido nos ataques de Israel, que o chefe da pasta, Marco Rubio, classificou como unilateral. Ele também instou o Irã a não atacar zonas de interesse ou funcionários americanos na região.

Teerã, porém, não vê dessa forma. O Ministério das Relações Exteriores do Irã alertou que responsabilizará Washington pelas consequências das ações de Israel.

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