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Após Israel abrir fogo, centro de ajuda humanitária também é alvo do Hamas; 5 morrem 3a422j

Grupo de logística EUA-Israel diz que funcionários foram atacados pelo grupo palestino, que também fez reféns 3bk36

Por Amanda Péchy Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 12 jun 2025, 15h07 - Publicado em 12 jun 2025, 13h31

Um dia após as forças israelenses abrirem fogo nas proximidades de um posto da Fundação Humanitária de Gaza (GHF, na sigla em inglês), grupo privado apoiado pelos Estados Unidos e por Israel, na Faixa de Gaza, matando ao menos 25 palestinos, a organização acusou o Hamas de, nesta quinta-feira, 12, ter assassinado cinco de seus funcionários.

A GHF, que substituiu o antigo sistema liderado pelas Nações Unidas, afirmou que um ônibus cheio de seus funcionários palestinos foi atacado pelo Hamas às 22h locais na quarta-feira. Além das mortes, outros trabalhadores foram feitos reféns. As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) alertaram para os palestinos não se aproximarem dos pontos de distribuição de alimentos antes das 6h.

“Essas pessoas queridas foram assassinadas pelo Hamas porque eles só queriam alimentar seu povo. Eles não eram militantes. Eram humanitários, muitos deles jovens”, declarou nas redes sociais o pastor evangélico e conselheiro do presidente Donald Trump, Johnnie Moore, recém-nomeado presidente da GHF. “O princípio da imparcialidade não significa neutralidade. Existe o bem e o mal neste mundo. O que estamos fazendo é bem e o que o Hamas fez a esses moradores de Gaza é uma maldade absoluta.”

O Hamas não comentou as acusações, mas afirmou ter matado doze membros do Abu Shabab, um grupo palestino apoiado por Israel. Nos últimos dias, houve confrontos cada vez mais sangrentos entre o Hamas e a milícia liderada por Yasser Abu Shabab.

Morte a tiros ou por fome 3zm5h

Enquanto isso, o caos tomou conta da distribuição de alimentos no enclave devastado por uma crise humanitária. Forças israelenses mataram pelo menos 60 palestinos em Gaza na quarta-feira, quase dois terços deles enquanto buscavam suprimentos nos pontos de distribuição do GHF, de acordo com autoridades de saúde locais. Na manhã desta quinta, mais vítimas foram registradas. A agência palestina de defesa civil informou à agência de notícias AFP que as forças israelenses mataram 22 pessoas em Gaza, das quais 16 aguardavam para receber ajuda humanitária.

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O perigo em torno dos centros de distribuição de alimentos exacerba a profunda crise de fome no território. A população da Faixa de Gaza, composta por 2,3 milhões de pessoas antes da guerra, está em “risco crítico” de fome e enfrenta “níveis extremos de insegurança alimentar”, apontou um relatório da Classificação Integrada de Fases de Segurança Alimentar (IPC), apoiada por agências das Nações Unidas, grupos de ajuda e governos.

O documento indicou que o cessar-fogo, que durou de janeiro a março, “levou a um alívio temporário” em Gaza, mas as novas hostilidades israelenses “reverteram” as melhorias. Cerca de 1,95 milhão de pessoas, ou 93% da população de Gaza, vivem níveis de insegurança alimentar aguda. Desse número, mais de 244 mil enfrentam graus “catastróficos”. A fome generalizada, segundo a pesquisa, é “cada vez mais provável” no território. No momento, meio milhão de palestinos, um em cada cinco, estão famintos em Gaza.

Após o aumento de vítimas em torno de postos da GHF, Israel começou a permitir a entrada limitada de ajuda humanitária das Nações Unidas em Gaza pela primeira vez em três meses. Tel Aviv informou que, nesta manhã, 56 caminhões do Programa Mundial de Alimentos (PMA) adentraram o enclave na véspera, por meio da agem de Zikim, no extremo norte do território ocupado. A medida foi aprovada pela cúpula política israelense “por recomendação das autoridades de segurança”, afirmou um comunicado das IDF.

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O PMA, porém, afirmou que conseguiu levar apenas “quantidades pequenas” de alimentos à população faminta. “Isso se deve em grande parte a atrasos ou negações de permissão para movimentos humanitários devido à expansão das operações militares”, afirmou o órgão das Nações Unidas em um comunicado.

Bloqueio a Gaza 4y476f

Israel impôs um bloqueio total a Gaza em 9 de março, suspendendo-o parcialmente em maio apenas para o PMA e a GHF. No entanto, não permite que a agência da ONU para refugiados palestinos, a UNRWA, realize as operações de entrega. O órgão possui de longe a maior rede de distribuição de ajuda humanitária no enclave, mas foi banido por Tel Aviv sob alegações de ser cúmplice do Hamas. (Após uma investigação interna, a UNRWA demitiu nove de seus 13 mil funcionários sob suspeita de envolvimento no ataque a comunidades israelenses em outubro de 2023, que desencadeou a guerra, mas não encontrou evidências das alegações mais amplas de Israel.)

A GHF pretende ser um substituto da UNRWA, mas seu método de entrega de alimentos – em um número limitado de locais fortemente militarizados – resultou em mais de 160 mortes desde o início de suas operações, há duas semanas. Muitas das mortes ocorreram após forças israelenses abrirem fogo contra palestinos que tentavam chegar aos pontos de distribuição.

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