Economia

Dólar recua 0,57% e tem menor fechamento do ano, a R$ 5,53

Estados Unidos e China continuam na tentativa de chegar a um acordo comercial; Haddad comparece à Câmara para apresentar pacote fiscal

Por Leticia Yamakami SEGUIR SEGUINDO Atualizado em 11 jun 2025, 18h06 - Publicado em 11 jun 2025, 17h15

Nesta quarta-feira, 11, o dólar teve forte recuo de 0,57%, o que levou a moeda ao seu menor fechamento do ano: uma cotação de 5,53 reais. Enquanto isso, o Ibovespa fechou em alta de 0,51%, aos 137.128 pontos. Hoje, os negócios se movimentaram em meio aos desdobramentos das negociações entre Estados Unidos e China e às medidas fiscais alternativas ao aumento do IOF no Brasil.

No exterior, as atenções se voltam para a tentativa de acordo entre Estados Unidos e China em relação às tarifas comerciais impostas pelo presidente Donald Trump. As duas nações, após meses de ime e trocas de acusações sobre o descumprimento de uma trégua de 90 dias, chegaram a um entendimento preliminar sobre a exportação de terras raras e ímãs industriais por parte da China. No entanto, para um acordo ser de fato selado, o entendimento ainda precisa da aprovação final dos presidentes Donald Trump e Xi Jinping.

O mercado também reage à divulgação oficial da inflação nos Estados Unidos. Em maio, o índice de preços ao consumidor (I) subiu 2,4% na comparação anual, abaixo da projeção de 2,5%. Na variação mensal, o avanço foi de 0,1%, também abaixo da estimativa de 0,2%. Segundo especialistas, o resultado abaixo do esperado abre margem para que o Federal Reserve (Fed), banco central americano, comece a cortar os juros ainda neste ano no país.

No cenário doméstico, o foco ainda são as medidas fiscais alternativas ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Nesta manhã, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, compareceu à Câmara dos Deputados para uma audiência pública a fim de apresentar a proposta de pacote fiscal, que está sendo coordenada pelo ministro junto ao presidente da Câmara, Hugo Motta. O pacote de ajuste fiscal inclui novos aumentos de tributos para bets, fintechs e títulos que hoje são isentos – as LCAs e LCIs. “Se me derem a notícia de que essas medidas foram aprovadas, eu garanto que a meta fiscal do ano que vem será cumprida, e será o nosso primeiro superávit fiscal estrutural de muito tempo”, afirmou Haddad.