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Viver com Ousadia 62b2

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A ansiedade pode se tornar sua maior força. A psicóloga Luana Marques, professora de Harvard, ensina como transformar o medo em ação e treinar a mente para vencer as incertezas pelo caminho.

A arte de se adaptar sem se perder na vida 63451m

Seja a água, não a pedra: como a flexibilidade nos ajuda a enfrentar e superar desafios no cotidiano 1b43

Por Luana Marques Atualizado em 13 jun 2025, 18h19 - Publicado em 13 jun 2025, 17h00

Quando as coisas saem do nosso controle, a vontade de controlar tudo parece ainda mais forte. Você já sentiu isso?

A reforma que vira um caos, a conversa que não sai como planejada, o plano de vida que desanda… E, de repente, você se sente empacado, duro, como uma pedra.

Fica preso na ideia de que só existe um caminho, uma resposta e um jeito certo. Quanto mais o mundo muda, mais a gente tenta não mudar. Só que, ao se tornar pedra, você para de fluir.

Onde não há movimento, nasce o sofrimento 2mj1l

Vejo isso com meus pacientes o tempo todo: pessoas presas em trabalhos que já não fazem sentido, mas que permanecem por medo da mudança.
Relacionamentos que não nutrem mais, mas que seguem por inércia. Crenças tão antigas que já nem cabem, mas que insistimos em carregar.

Tudo para evitar o desconforto de abrir espaço para o novo. Esse tipo de rigidez não é força. É evitação. Uma tentativa rápida de anestesiar o cérebro e aliviar o incômodo do momento.

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E, sim, ela funciona. No curto prazo, evitar pode até parecer uma boa estratégia. Mas o alívio que ela traz é momentâneo e o custo, no longo prazo, é bem caro: insônia, ansiedade, exaustão e, principalmente, a perda de contato com quem você realmente é. Porque quanto mais você evita, mais vai se esquecendo da vida que queria viver.

A sabedoria simples (e profunda) da minha avó 1n5s1j

Foi minha avó quem me ensinou isso pela primeira vez. Pra ela, viver com ousadia era como ser água. Não por ser fácil, mas porque é o único jeito de seguir em frente sem se perder.

A água não trava. Ela a por dentro, por fora, por baixo, por cima e sempre encontra uma saída.

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Minha avó sempre me fazia uma pergunta simples, mas profunda: “Será que existe outra forma de enxergar isso?”
Essa pergunta, hoje, a ciência chama de flexibilidade cognitiva: a capacidade que temos de reinterpretar uma situação e ajustar nosso comportamento a partir disso.

O desafio é que o nosso cérebro, para economizar energia, sempre procura por um atalho ou tenta seguir o caminho mais conhecido. Mesmo que o caminho não funcione mais. Toda mudança exige mais esforço mental, e por isso, diante do novo, o impulso automático é repetir padrões antigos.
Treinar a flexibilidade é justamente ensinar o cérebro que existe outro caminho. E que vale a pena percorrê-lo.

Quando o cérebro é treinado para ser mais flexível, ele entende que um obstáculo não é o fim da linha. É só uma chance de realinhar a rota.

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Foi esse treino que minha avó me ofereceu, muito antes de eu saber o nome técnico. Aos poucos, aprendi que o oposto da rigidez não é fraqueza. Ser água não é aceitar tudo. É saber, com clareza, onde ceder… e onde manter firmeza. Ser água não exige que você goste da mudança, só que esteja disposto a atravessá-la com coragem e intenção.

Não se trata de abrir mão de quem você é, mas de ajustar a rota sem perder o rumo. E talvez tudo a mesma pergunta da minha avó: “Existe outra forma de enxergar isso?”

E se eu encarar esse momento difícil agora, qual será o benefício no longo prazo? E se eu continuar evitando, o que isso vai me custar lá na frente?
Porque, às vezes, tudo que o seu cérebro precisa para destravar… é uma nova perspectiva.

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Não endureça. Flua. Seja a água. Não a pedra.

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