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Fóssil raro revela a última refeição de um dinossauro gigante 3i2358

Conteúdo intestinal mostra que animal se alimentava de folhas, frutos e flores, reforçando teorias sobre alimentação variada e digestão fermentativa 73r3q

Por Ligia Moraes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 12 jun 2025, 16h47

Pela primeira vez, pesquisadores conseguiram identificar com precisão o conteúdo intestinal fossilizado de um dinossauro do grupo dos saurópodes — os maiores animais terrestres que já existiram. O achado ocorreu no estado de Queensland, no nordeste da Austrália, onde foi escavado um exemplar relativamente completo da espécie Diamantinasaurus matildae, que viveu há cerca de 95 milhões de anos, no período Cretáceo.

Entre os ossos do abdômen do animal, os cientistas encontraram uma camada de rocha endurecida com restos de plantas visíveis a olho nu. Análises por tomografia, microscopia e espectrometria revelaram uma mistura de folhas de coníferas, frutos de samambaias com sementes e folhas de angiospermas — plantas com flores que estavam começando a se espalhar naquele período. A variedade de espécies encontradas indica que esse dinossauro era um comedor oportunista, capaz de explorar vegetação em diferentes alturas e tipos.

Descoberta inédita confirma hipóteses antigas 6z2a1i

Apesar de os saurópodes serem considerados herbívoros desde o século XIX, essa classificação sempre se baseou em evidências indiretas — como o formato dos dentes, a anatomia da mandíbula, o comprimento do pescoço e marcas microscópicas de desgaste nos dentes. Até agora, nunca havia sido encontrada uma evidência direta, como um colólito — nome técnico para conteúdo intestinal fossilizado — associado a um fóssil do grupo.

No caso do Diamantinasaurus, o colólito estava incrustado numa camada de sedimento de cerca de 100 litros localizada na região abdominal do esqueleto. Além dos restos vegetais, essa camada também preservava a pele mineralizada do dinossauro, com escamas hexagonais visíveis. O grau de preservação foi possível graças a condições excepcionais: ambiente de baixa acidez, ausência de oxigênio e presença de minerais como a goethita (hidróxido de ferro) e brushita (fosfato de cálcio hidratado), que facilitaram a fossilização tanto do conteúdo orgânico quanto dos tecidos moles.

O que isso revela sobre o comportamento alimentar? 5o5l1s

A análise do material reforça a ideia de que os saurópodes eram comedores de grande volume e praticavam uma digestão baseada em fermentação interna, como fazem elefantes e outros grandes herbívoros atuais. As plantas engolidas foram pouco mastigadas, estavam parcialmente quebradas e apresentavam sinais de compressão — o que indica ingestão rápida e processamento mínimo na boca. Em vez de dentes especializados para trituração, esses dinossauros contavam com um sistema digestivo robusto, capaz de quebrar a celulose com ajuda de microrganismos intestinais.

A presença de coníferas e frutos de samambaias sugere que o animal tinha o a plantas de médio e grande porte, enquanto as folhas de angiospermas, em geral mais baixas e rasteiras, indicam também alimentação no nível do solo. A flexibilidade alimentar pode ter sido uma das chaves para o sucesso evolutivo dos saurópodes.

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